Do pai não se sabia muito,senão que sua morte,aos 41 anos,num dia depois do Natal,tinha arrastado,por uma espécie de "lei das séries",as da tia mari e do avô materno. Quem era então esse homem que tinha o poder de provocar o vazio atrás de si? Um homem ilustre? Como ele existem milhões. Dos que se matam no trabalho para assegurar um arremedo de bem-estar para sua família e que, apanhados por um cotidiano devorador,enterram prematuramente as aspirações de sua juventude. Exatamente como esse rapaz alto,órfão,de múltiplos talentos,amante do teatro e da boa conversa,que só cometeu o erro de estar com vinte anos no momento em que a Europa encenava um remake,mais sangrento ainda,do primeiro conflito mundial. (A memória é substância essencial nos romances de Jean Rouaud...)
Romance