Ao longo de mais de 800 anos a presença e a participação de deus na realidade quotidiana portuguesa foi uma constante, umas vezes seguindo directivas do catolicismo romano, outras vezes adoptando supersticiosidades com antecedências pagãs. Apresentando-se como filosofia que nega a existência do divino, o ateísmo quebra a unanimidade prevalecente e propõe como alternativa uma vivência sem deus. A presente obra analisa o percurso dessa tendência ateísta em Portugal, dando a conhecer personalidades, ideologias e movimentos que contribuíram activamente para erodir o «conceito de deus», apontando ainda os condicionalismos que conseguiram refrear – e manter numa quarentena de vários séculos – a natural apetência do ser humano para questionar e duvidar.
História