No campanário da Basílica de São Marcos, soaram os sinos, indicando a meia-noite. Allegra abriu as portas do palácio, desceu depressa as escadas e entrou furtivamente na gôndola que balançava nas sombras do canal. O amor palpitava em seu peito, brilhava em seus olhos, latejava em suas têmporas. Ah, Byron, poeta sensível e terno, homem ardente e apaixonado. Por ele iria esquecer os rígidos princípios morais, trair o marido que odiava, escapar ainda que apenas por instantes da sombria mansão de prata e viver uma noite de sonhos nos braços sedutores do único homem que a poderia fazer feliz. Destinos que se cruzam para viver um grande amor.