Nesta obra, Odete Semedo disponiliza um vasto panorama histórico-cultural e sociopolítico da Guiné-Bissau, nos períodos pré-colonial, colonial e pós-colonial, em que a tradição oral é legitimada como fonte histórica e nascedouro da oratura e da literatura guineenses. A autora desenvolve suas percepções críticas, tecendo "considerações sobre a administração colonial portuguesa e os seus instrumentos de opressão e alienação dos nativos", o que torna este livro uma excelente oportunidade para a introdução não somente ao "conhecimento histórico, sociológico e etnográfico da memória coletiva guineense, mas principalmente para a compreensão das fontes em que bebe" o país na contemporaneidade.