Goyania

Goyania Manuel Lopes de Carvalho Ramos


Compartilhe


Goyania


Poema Épico




Manuel Lopes de Carvalho Ramos, um dos homens mais cultos do seu tempo exerceu grande liderança intelectual em Goiás, colaborou ativamente na imprensa goiana, principalmente nas páginas do jornal O GOIÁS, que circulou na antiga capital do Estado. Respeitado por sua cultura jurídica era igualmente respeitado por sua sensibilidade. A sua poesia, no dizer de Gilberto Mendonça Teles, “Constitui em Goiás a maior influência de Gonçalves Dias, Castro Alves e Victor Hugo, cantando, em versos condoreiros, os temas de democracia e liberdade”. Foi progenitor de dois dos mais expressivos vultos da nossa literatura, Vitor e Hugo de Carvalho Ramos, este consagrado nacionalmente.

Na última década do século dezenove, em 1896, publicou-se um poema épico denominado GOYANIA, de autoria de Manuel Lopes de Carvalho Ramos, baiano de nascimento, mas que fez de Goiás a extensão de sua terra natal, pois aqui edificou família e plantou uma das mais sólidas árvores da cultura goiana. O livro que traz a marca do talento tem como cenário os arredores da cidade de Torres do Rio Bonito, atual Caiapônia, no sudoeste goiano, onde o autor era juiz de Direito. Em suas páginas, os feitos épicos de Bartolomeu Bueno da Silva, o descobridor das minas dos guaiases e o fundador da civilização que se ergue no Planalto Central.

Publicado na cidade do Porto, em Portugal, pela tipografia a vapor de Arthur J. de Sousa, foi o primeiro livro literário da história cuja temática é o estado de Goiás. Aos 32 anos, o autor decidira, mediante Goyania, “cantar a natureza, sentir o belo, amar a virtude, animar o progresso, contradizer a incredulidade, combater o materialismo e estigmatizar a superstição”.

Em Goyania, Bartolomeu Bueno supera os contornos da história e da historiografia para obter a transformação em eminente herói literário. Junto a ele, adquirem perfis épicos Lelia – a filha ingênua e sentimental do Anhanguera –, o Anhangaia – o morgado do chefe caiapó – e a tupinambá Guayra – a mulher de espírito telúrico, trágica, encarnação do fado que arrasta ao sacrifício.

Objeto de inspiração definitiva do então interventor Pedro Ludovico Teixeira para o batismo da nova capital do Estado. Em 1933, foi instituído um concurso público para escolha do nome que deveria ser dado à nova Capital do Estado de Goiás, o Prof. Alfredo de Castro, sob o pseudônimo de Caramuru Silva do Brasil, foi buscar no poema de Manuel Lopes de Carvalho Ramos o nome de “Goiânia – nova Goiás, prolongamento da histórica Vila Boa”. O nome teria vindo da adaptação ortográfica e possivelmente fonética do título do livro Goyania.

Antes de ser inaugurado, o município de Goiânia era referido nos documentos oficiais como “futura capital” ou simplesmente “nova cidade”, o que significa que Goiânia permaneceu, no âmbito legal, inominada por dois anos. Em 2 de agosto de 1935, por força do disposto no artigo 1º do decreto estadual número 327, deu-se a denominação de Goiânia à nova capital. Quando do lançamento da pedra fundamental da Cidade, um exemplar do poema épico de Manuel Lopes de Carvalho Ramos foi colocado na urna histórica.

Edições (1)

ver mais
Goyania

Similares


Estatísticas

Desejam
Informações não disponíveis
Trocam
Informações não disponíveis
Avaliações 1.0 / 1
5
ranking 0
0%
4
ranking 0
0%
3
ranking 0
0%
2
ranking 0
0%
1
ranking 100
100%

75%

25%

formasfixas
cadastrou em:
17/10/2013 15:23:48

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR