Gaúchos e Beduínos

Gaúchos e Beduínos Manoelito de Ornellas


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Gaúchos e Beduínos (Coleção Documentos Brasileiros)


A origem étnica e a formação social do Rio Grande do Sul




Em 1948, Manoelito de Ornellas publicou sua obra Gaúchos e Beduínos: a origem étnica e a formação social do Rio Grande do Sul, inserindo-se nos debates sobre a (re)formulação da identidade regional levadas a cabo em meados do século XX no estado. Naquele momento, as disputas envolvendo o passado legítimo e os sentidos do ser gaúcho tomaram novos rumos, distintos daqueles nascidos com a criação do IHGRS e o "discurso oficial".

A abordagem de Manoelito de Ornellas é contestada por Moysés Vellinho, que ao resenhar o livro Gaúchos e beduínos, elogia o autor pela amplidão do estudo mas insiste na diferenciação entre o gaúcho platino e o gaúcho rio-grandense. Por maior que seja a identidade do meio físico, das atividades e dos instrumentos de trabalho, da semelhança de usos e costumes “tenham aproximado um dos outros os tipos do gaúcho, o nosso foi, pelos componentes de sua estruturação étnica e psicológica, e pelas injunções de sua função política, tributário direto das raízes culturais luso-brasileiras”.[1] Vellinho relembra que a formação do Rio Grande do Sul está ligada ao povoamento oriundo de Laguna, de São Paulo, dos Açores, de Portugal, da Colônia do Sacramento e de outras partes do Brasil. As “infiltrações” provenientes do sul “essas não seriam suficientes para pôr em dúvida, ainda que de longe, a paternidade luso-brasileira do gaúcho rio-grandense”

O fato é que Moysés Vellinho defende o exclusivismo luso-brasileiro no povoamento e formação histórica do Rio Grande do Sul partindo para o ataque das abordagens que desviem do eixo explicativo lusitano-brasileiro, numa história regional que sofreu determinantemente influência do Brasil português e não do espaço espanhol do Rio da Prata. Na década de 1950, novas polêmicas envolvendo Moysés Vellinho, Otelo Rosa e Mansueto Bernardi, aprofundarão este conflito entre uma abertura a atores históricos missioneiros, indígenas e platinos, defendida por Manoelito de Ornellas e outros atores, e as posições voltadas a uma historiografia do antagonismo rio-grandense/platino.
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https://historiaehistoriografiadors.blogspot.com/2019/12/gauchos-e-beduinos-v.html?m=1
https://repositorio.ufsm.br/handle/1/9666
https://www.pucrs.br/delfos/acervos/escritores-e-jornalistas/manoelito-de-ornellas/
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`Manoelito de Ornellas é um idealista e um homem de ação. Um poeta e um político no sentido sadio e construtivo da palavra. Uma força nova, capaz de ser repartida entre os moços, para que iniciemos a definitiva tarefa do reerguimento nacional` - Menotti del Picchia.
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[Assuntos]: Rio Grande do Sul: Estudo. Etnologia.
Gaúchos: História. Origem. Açorianos. Espanhóis.
Tratado De Madri. Missões. Conquistas. Terra.
Beduínos: Maragatos. Portugal. Portugal Islâmico.
Berbere. América. Cultura Ocidental.
Lendas E Superstições. Folclore. Literatura Pampeana.
Pampas. Cavaleiros. Poesia Gaúcha.
Árabes E Gaúchos: Hábitos. Costumes. Tradições.

Comunicação / Crônicas / Ensaios / Geografia / História / História do Brasil / Literatura Brasileira / Não-ficção / Política / Psicologia / Sociologia

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