Neste livro, busca-se compreender como se constituiu na sociedade alagoana do século XIX a memória em torno do episódio de Palmares. São analisados artigos publicados na revista do Instituto Arqueológico e Geográfico de Alagoas (IAGA), a bibliografia existente em torno da manifestação cultural quilombo, além de jornais e posturas municipais de vilas e cidades alagoanas. A tradição oral dos povos de matrizes africanas e seus descendentes na região é essencial para a compreensão das memórias e culturas quilombolas, que se constituem como contranarrativas perante o discurso senhorial. Portanto, antes de entrar na discussão da memória palmarina, procura-se discorrer um pouco sobre os grupos étnicos africanos presentes em Alagoas e a importância da cultura oral e do corpo no processo de reavivamento de suas memórias do lado de cá do Atlântico.
História / História do Brasil