Três personagens buscam fugir de suas origens e o leitor pode descobrir que não existe saída, é impossível mudar o destino e a fatalidade.
Severo percebe que sua ira contra Deus talvez não o leve a lugar algum. Joana Sabina quer se apaixonar e, como mulher, não será a ilha deserta capaz de dissuadi-la das ilusões amorosas. E Maura Lúcia, habitante da cidade, descobre paraísos imaginários. Irá buscá-los na sua ânsia de agradar ao ser amado.
Se a ficção é um sonho, fornece a possibilidade de se realizar um desejo numa realidade que não terá maiores consequências – afinal é apenas uma história...
“Nessa lógica, parece inevitável concluir que a capacidade humana de fazer ficção é consequência da sua faculdade de sonhar – que a construção de um espaço ficcional deriva da experiência onírica. Ou seja, a ficção existe porque o Escritor sonha. No entanto, essa afirmativa poderia implicar inúmeras outras formas de interação com a realidade”.
No caso, o desejo da Autora é de que o leitor dialogue com as personagens e julgue a realidade ficcional que lhe parecer mais real.