Evolucionário

Este livro é para todo ser inquieto que lê no ano de 2020 alguma mensagem escondida ou minimamente se indigna com a realidade. É para quem intui a existência de algo além da ilusão que nubla o olhar automatizado. O ser urbano, arquétipo fiel da maioria dos habitantes da “selva de pedra”, está sofrendo por uma condição triste, vaga de sentido, inerte e infértil para reais frutos. Assim como ele, somos nós. Talvez também tenhamos perdido muito tempo em convívio social e em relações trabalhistas impossibilitando o convívio conosco mesmos.
Mas para certas pessoas, a pandemia veio trazer perguntas que apenas são feitas quando se está sozinho; algumas transcendentes, grandes inquietudes. Há quem diga que a Mãe Natureza veio aplicar castigos aos filhos mimados que somos, colocando-nos para pensar. Por isso é certo que as adversidades geram um ensinamento para aqueles que entendem o poema épico da existência, o idioma da vida.
Não se trata de crença; mas de filosofia, irmã gêmea da literatura. Você entende, leitor? Se trata de calibrar nossos atos até que sejam evolucionários. É sobre lembrar que o mal é exibido por instinto e o bem é discreto por espírito.
Poesia de esquerda ou de direita? Poesia de ir para cima pelo atalho de dentro. Está escrito… em nós. Deixe as ilusões exteriores e, de uma vez por todas, leia-se agora!
Gabriel de Araújo Machado tem 21 anos, é poeta, compositor carioca, estudante de Logosofia e cursa Letras na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Escreve desde criança por estímulo dos professores de uma escola que promovia festivais de poesia anuais, nos quais o autor ganhou cinco prêmios. Atualmente possui um projeto de poemas-imagem no Instagram: @le.muriano (antigo @poemagino). Em setembro de 2019, publicou seu primeiro livro de poemas intitulado Esperânsia, também pela editora Literar.

Contos / Crônicas / Poemas, poesias