Considerada às vezes estimulante, às vezes repulsiva, a eugenia é muitas vezes fantasiada. Esta palavra está de facto associada a projectos tecnocientíficos, a doutrinas heterogéneas, a utopias, a leis, a medidas relativas à procriação, a políticas populacionais, a comportamentos criminosos. No pensamento social comum, podemos defini-lo precisamente como o desejo de modificar o património genético da humanidade com vista à sua melhoria. Mas a adesão a tal perspectiva não pressupõe, portanto, a existência de uma desigualdade geneticamente determinada entre os humanos? E escolher seus descendentes não é como brincar de aprendiz de feiticeiro? Até onde podemos levar a aventura da autodeterminação?