A arte de psicanalisar implica um processo de criação, em que é possível transformar em escrita o que pode ser lida das formações do inconsciente, mas também daquilo que se mostra e produz sofrimento, das suas ruínas e restos. Permite falar do que não se tem, do impalpável, do que não existe, do nada. Marguerite Duras afirma que escrevemos com o desespero e não apesar dele. Ainda, acrescenta que escrevemos para tentar saber, buscar alcançar o desconhecido dentro de nós. Então, escrevemos não do que sabemos, mas daquilo que, através da escrita, podemos passar a saber. Para isso, é necessário fugir das palavras gastas, criar modos de dizer, novas escritas ou reescritas, como propõe Patricia Leyack neste livro. (Palavras da tradutora Andrea Silvana Rossi)
Psicologia