Segundo livro de poemas do autor, com prefácio do jornalista Heródoto Barbeiro:
A mente pode se expandir e tornar-se tão grande quanto o universo. Porém, atinge esse estágio se está envolvida em poesia, em sutilezas, em imagens que só a visão de um poeta tem. Thiago é esse poeta. Ele atravessa paisagens e sentimentos com maestria e amadurecimento como se conhecesse tudo o que fala de vidas passadas. No entanto, ele é um jovem contemporâneo , que vive em uma sociedade cada vez mais competitiva e que massacra a todos repetindo à exaustão que é preciso se atualizar para as modificações que virão. Os gurus do hipercapitalismo descobriram a impermanência, algo que Siddharta descobriu há dois mil e quinhentos anos.
No meio do burburinho da civilização materialista, do apego, do sofrimento provocado pelas conquistas que só perturbam a mente, cada vez mais indecisa entre ter e ser, a poesia de Thiago Bechara é um oásis, um descanso dessa falsa corrida em direção a uma falsa felicidade.
Cada instante dessa vida é outra, escreve Thiago. Este é o ponto. A vida é um fluxo contínuo formado de instantes, como os capturados pelo poeta, e entre um e outro há um espaço, o mesmo espaço que existe entre os pontos de uma reta. Nesse intervalo há tempo suficiente para se deliciar com a poesia de Thiago Bechara
Heródoto Barbeiro