Há exatos 40 anos, jovens, intelectuais e operários, em Paris, Praga e no México, converteram a utopia em ação. Era maio de 1968, e Carlos Fuentes estava lá. Reconhecidamente um dos maiores intelectuais da América Latina, o escritor viajou a Praga com Julio Cortázar e Gabriel García Márquez, escondeu-se em barricadas em Paris e acompanhou o massacre da Plaza de las Tres Culturas, no México. O livro Em 68, que a Rocco manda para as livrarias esta semana, reúne três textos do autor sobre a época, escritos no calor dos acontecimentos ou pouco depois dos movimentos que chacoalharam o sistema social, educacional e político do mundo ocidental. Nos 40 anos daquele maio histórico, as reflexões de Fuentes revelam uma força sem par e mostram-se absolutamente atuais.