É possível (aprender e ensinar a) projetar

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É possível (aprender e ensinar a) projetar


Projeto arquitetônico e urbanístico: orientações para o trabalho de curso




A lenda de que não se consegue ensinar projeto, embora se possa aprender, não conseguiu diminuir nosso ânimo de tentar ensinar projeto com um mínimo de aporte teórico, ainda que no paradigma ENBA-Bauhaus. Reforçaremos a importância da teoria da arquitetura para o projeto.
Este livro só foi possível graças às práticas de ateliê. Se essas práticas existem, é porque alguém tenta ensinar, outros, aprender. Nos ateliês ainda é necessário superar as mitologias do talento e do dom, e apostar no trabalho metódico, para que se possam fazer projetos específicos a partir de princípios gerais.
Preocupamo-nos também com a elucidação de critérios de avaliação de projetos. O problema de por que um projeto que tem "tudo funcionando" acaba obtendo uma nota mais baixa do que outro, que não tem muitas vezes tudo completo, mas que está mais bonito ou mais bem concebido, é um assunto que este livro mergulha um pouco.
Fazemos críticas ao modo como as faculdades tendem a perpetuar as diferenças de capital cultural (no campo arquitetônico) e suas repercussões nas práticas projetuais. Trata-se de, pelo menos, tornar as diferenças "desculpáveis", já que criticamos um ensino na sua maior parte indiferente às formas desiguais de aprendizagem da cultura arquitetônica.
Também procuramos abordar o TFG como um projeto exequível e a partir de exemplos, contanto que o aluno recapitule temáticas da teoria e da estética para enfrentar as complexidades da época contemporânea.
Os conceitos mais importantes, evidentemente não todos, da ENBA francesa foram relacionados com a estética arquitetônica e com poéticas contemporâneas. Assim, desde uma "carta de intenções" até um "partido", há um passagem por vários temas projetuais, e especialmente tomando o pensamento gráfico como um instrumento imprescindível de concepção arquitetural.
Esperamos que os leitores movam-se facilmente de análises pragmáticas, como a de sítio, programa, terreno, entre outras, para o território das teorias, da estética e do desenho.

Arquitetura e Decoração / Artes / Didáticos / Técnico / Educação

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Gabi (Coruja)
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Gabi (Coruja)
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01/06/2018 07:20:25

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