Neste pequeno volume Bernardo Veiga apresenta-nos um acurado estudo sobre a presumível racionalidade das fés, que culmina numa avaliação das consequências culturais das decisões religiosas fundamentais, tudo isso alicerçado nos escritos de Joseph Ratzinger, o atual papa Bento XVI.
O que nos revela é suficiente para entender o significado de "pôr entre parênteses a nossa fé".
Por outro lado, Bernardo Veiga mostra-nos também como é isso mesmo o que Raimundo Lúlio dizia, setecentos anos antes. Ainda pouco conhecido em nosso país, Lúlio surpreende por sua abertura em uma época adversa ao seu pensamento. Foi um verdadeiro precursor em muitos campos do pensamento. Veiga mostra como o pensamento do papa sobre o diálogo inter-religioso assemelha-se muito à proposta luliana, por sujeitar o diálogo ao Logos e pela defesa incondicionada da liberdade religiosa.
Uma explicação necessária em um momento muito oportuno.