Os rumores já corriam em fóruns e listas de discussão. Em 2011, a Wizards of the Coast levaria o mais famoso e querido RPG do mundo a uma nova encarnação. No entanto, na noite de 15 de agosto, veio a surpresa: Dungeons & Dragons 4th Edition, com lançamento previsto para maio de 2008.
Uma nova edição? Em tão pouco tempo? Advanced Dungeons & Dragons perdurou durante vinte anos, antes de mudar para D&D3E. A própria 3ª Edição que utilizamos hoje também teve sua reformulação, uma versão “três e meio”. Precisamos realmente de outra revolução?
Bill Slavicsek, editor da Wizards, não fala em revolução, mas em evolução. O Sistema d20 que conhecemos não deixará de existir, ele apenas será melhorado. E serão melhorias já conhecidas, através de outros jogos e acessórios bem-sucedidos.
Aqui constatamos uma grande diferença entre o gamer norte-americano e o RPGista brasileiro. Nos Estados Unidos existe a tradição da estratégia, um grande amor por mecânicas de regras — herança dos antigos wargames com miniaturas, ancestrais do RPG. Construir o personagem mais eficiente. Computar cada pequena vantagem, maximizar cada habilidade, aumentar cada ponto de dano.
Brasileiros são diferentes. Também sabemos fazer contas e turbinar personagens, é claro. Mas gostamos muito mais da parte dramática do jogo. As histórias, personagens, mundos — coisas que não estão nas regras. O Brasil ainda joga a versão 3.0 sem grandes preocupações.
Mudanças mecânicas tão pequenas que não nos incomodam. Pouco importa se o ranger tem menos talentos, se o bardo tem mais perícias. O que importa isso, q2uando você é um sombrio caçador de demônios da Tormenta, ou um trovador elfo amargurado com a queda de Lenorienn?
Mudamos para a 4ª Edição? Eventualmente sim. A previsão não-oficial, é que uma versão nacional do novo Player’s Handbook está prevista para 1 ano e 1 mês após o lançamento da edição original; junho de 2009.
Até lá, ainda temos muitas masmorras a explorar, monstros a dizimar e níveis a elevar.
Equipe DragonSlayer