François-Auguste Biard, em seu livro Dois Anos no Brasil, oferece ao leitor dois motivos para a sua vinda ao Brasil. O primeiro era que seus planos de permanecer no número 8 da Praça Vendôme, onde já morava há vinte anos, foram interrompidos por “planos urbanísticos de alargamento”, fato que o entristeceu. O segundo foi um encontro com um general belga que vivia há anos na Bahia — Biard conta que, durante a conversa, ele lhe perguntou “E por que o Senhor não vai passar uns meses no Brasil? Tal passeio far-lhe-ia bem à saúde e esqueceria seus aborrecimentos”, o que foi suficiente para convencê-lo.[5] Vale notar, também, que o relacionamento da França com o Brasil, até a Proclamação da República, em 1889, era bom. No entanto, nem todas as reações que Biard ouviu foram positivas: “Não sabe ser uma terra muito insalubre?”, “não se meta a ir ao Brasil” e “A febre-amarela, ali, é endêmica” foram apenas algumas das frases que o francês registrou em seu livro.
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