Do black power ao hip-hop discute o futuro do ativismo negro, em particular o feminista, desde o período de transição política nos EUA, o governo Obama, em que tanto o movimento dos Direitos Civis quanto o do Black Power já não forneciam mais orientações claras para o ativismo negro.
Enquanto muitos americanos, brancos e negros, desesperadamente acreditavam que o racismo era coisa do passado, os jovens negros do hip-hop já à época desafiavam essa visão otimista e apontavam as verdades incômodas e ainda atuais sobre as habitações precárias em que vivem, os professores não qualificados das escolas que frequentam, o dia a dia oprimido entre a indústria de drogas que transforma seus bairros em “cracolândias” e o policiamento punitivo que vê todos os moradores de determinado lugar como criminosos em potencial.
Patricia Hill Collins busca delinear, no rescaldo desses movimentos sociais, as interconexões entre feminismo e nacionalismo negros, o novo racismo da cegueira de cor, o que representa a ascensão do hip-hop e os rumos que o ativismo negro tomaria ou deveria tomar.
Esta edição inclui um prefácio e uma entrevista da autora especialmente para a edição brasileira, em que aborda o potencial do movimento feminista negro brasileiro de criar novos paradigmas teóricos e de ação.
Ensaios / Não-ficção