Em algum momento da nossa vida o espelho aponta algo que não tínhamos percebido antes. O que é essa bolsa de gordura no lugar que costumava ser a minha barriga? Meu cabelo sempre foi assim tão espichado? E de repente estamos nós aos 15, 20, 35, especialistas em odiar partes específicas do nosso corpo - quando damos a sorte de não odiá-lo por inteiro.
Sobram estratégias para driblar as imperfeições que o espelho mostra com a graça de quem sabe que não será punido. Nós, por outro lado, certamente seremos. Munidas de visão raio-x implacável, transitamos pela vida nos ocupando dos afazeres cotidianos, do trabalho, da família e da aniquilação de nós mesmas pela tentativa de destituir características que não queremos ou toleramos - mas que são nossas. Será essa ocupação frutífera? Quais suas repercussões?
Digna de ser amada propõe questionamentos sobre aparência, corpo, saúde e pertencimento. Reflete sobre o que nos mantém presas ao ideal de beleza que encerra a liberdade feminina e distorce a relação com a imagem corporal, provocando adoecimentos. Discute sobre a modificação do corpo, especialmente o emagrecimento, em vias do suposto alcance de estatutos sociais e aceitação.
Digna de ser amada é um convite de retorno à pessoa que somos e ao corpo que temos.
Autoajuda / Ensaios / Literatura Brasileira / Não-ficção / Psicologia