Dicionário de Filmes Brasileiros

O livro demonstra o acuro de seu autor com a memória de nossa produção, indo muito além dos guias tradicionais. Nele, cinegrafistas, microfonistas, maquiadores, continuistas, claquetistas, camareiras e muitos outros profissionais -- e seus assistentes -- têm vez, mostrando a complexidade do fazer cinematográfico. Sinal de profundo respeito com a sétima arte, que passa ainda pelo registro de todos os gêneros, aí inclusos os filmes de sexo explícito, responsáveis pela manutenção de diversos profissionais na ativa, durante tempos difíceis do cinema nacional. Livro de cabeceira que, pela riqueza de dados, impõe-se como referência obrigatória para todos os apaixonados por cinema, profissionais ou não.





"Este é o livro que todo fã de cinema gostaria de ter e consultar. Em particular fã do cinema nacional, mas não posso imaginar de outra forma. Todo mundo que ama o cinema também torce, gosta, apóia e vibra com o cinema brasileiro. Ainda que nem sempre tenha fontes para pesquisar e descobrir mais. Graças a Deus nós temos Antonio Leão da Silva Neto que, como os melhores pesquisadores (ele modestamente não se arvora crítico, mas tem uma visão crítica e histórica das mais completas), vive, respira, é completamente dedicado e apaixonado por cinema. Graças a ele tivemos o seu primeiro livro, 'Astros e Estrelas do Cinema Brasileiro', de 1998, dicionário de atores, depois a primeira edição do 'Dicionário de Filmes Brasileiros' (2002) e do 'Dicionário de Curtas-Metragens' (2006), uma monumental e verdadeira enciclopédia pesquisada e editada por ele, muitas vezes com sacrifício. Vivo me perguntando se um trabalho desses não deveria ter sido facilitado por alguma fundação ou universidade. E por que os burocratas da cultura nunca foram capazes de fazer coisa igual, mesmo tendo os recursos à sua disposição? Talvez porque o cinema exija o amor e a devoção que só pessoas como Antonio Leão são capazes de dar. Observando o crescimento do cinema brasileiro, ele constatou que era hora de atualizar seu 'Dicionário de Filmes Brasileiros -- Longa-Metragem', agora até abril de 2009. Dividiu o livro em três capítulos: a) filmes produzidos de 1908 a abril de 2009, com duração acima de 60 minutos; b) filmes em produção/finalização; c) filmes inacabados/projetos não realizados. E com algumas novidades em relação à edição anterior: entraram produções em suporte digital; foram acrescentados os nomes de personagens entre parênteses, ao lado dos nomes do ator/atriz; a data de lançamento comercial e, sempre que disponível, o resultado de público/bilheteria. Se a edição de 2002 tinha 3.451 filmes, esta de 2009 registra 4.194 filmes produzidos, ou seja, 779 filmes a mais, em cerca de 1.200 páginas. A capa é composta por 20 filmes clássicos brasileiros, como Barro Humano, Limite, Bonequinha de Seda, O Ébrio, Rio 40 Graus, O Pagador de Promessas, Assalto ao Trem Pagador, O Bandido da Luz Vermelha, Deus e o Diabo na Terra do Sol, Dona Flor e Seus Dois Maridos, Pixote -- A Lei do Mais Fraco, O Quatrilho, Central do Brasil, Cidade de Deus, Dois Filhos de Francisco, Se Eu Fosse Você 2, etc. Um livro que não apenas vale quanto pesa: vale quanto informa, forma, registra, eterniza. Uma obra essencial para qualquer um que trabalha com a cultura brasileira."



Rubens Ewald Filho, crítico de cinema e diretor de teatro