Parte de um livro e desse sempre incerto labirinto de espelhos que é a obra de Kierkegaard, os "Diapsalmata" exprimem uma visão da vida -- marcada essencialmente pela melancolia. Essa visão da vida não se apresenta numa narrativa consequente e linear. Trata-se de um conjunto de "quadros", em forma de iluminações bruscas, cintilações fragmentárias e dispersas, onde se condensa uma dor das coisas todas, um fascínio e, ao mesmo tempo, uma tristeza por tudo ser como é -- em suma, um amor infeliz pela própria vida e inquietação, por todo o lado, a latejar.
Filosofia