De mais e de menos

De mais e de menos Nara Vidal


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De mais e de menos





“De mais e de menos” é uma simples e bela coletânea de poemas que sussura a história de cada leitor nos nossos ouvidos.
Deliciosa coletânea de poemas que com simplicidade e precisão, descreve a história mais íntima de cada um de nós.

Quando Nara Vidal concluiu sua coletânea de poemas para publicação, ela comenta que a sensação que teve foi de despir-se completamente para ser exposta a qualquer tipo de julgamento. “São poemas muito íntimos, mas muito identificáveis no decorrer da vida de todos nós. Muitos versos foram escritos quando tinha 20 anos e quando releio, pareço ser outra pessoa. Como fui capaz de escrever sobre amor e sexo com tanta propriedade?”
Na verdade, os poemas “jovens” como a autora gosta de se referir aos versos escritos pré e durante a faculdade de Letras, vêm permeados de platonicismo, invenções, dores de amor e a arte que era referência na época para Nara. “Eu estava rodeada de professores muito interessantes e os poemas que eles apresentavam com tanta intimidade me faziam querer viver e comer poesia e literatura de modo geral. Meus dias transcorriam naturalmente em meio a Baudelaire, Florbela Espanca, Prèvert, Malarmée, Byron, Shakespeare e Fernando Pessoa.”
Apesar da natureza nem sempre prazeirosa dos poemas de tais mestres, a autora comenta que aquele material servia para chegar em casa e tentar encontrar sua própria voz e os seus vários “eus”. Muitos poemas são extremamente alegres e positivos o que pontua sua idade, esperança e ingenuidade em achar que o mundo havia conserto. O poema “DIA FELIZ”, por exemplo contém um ritmo e otimismo quase impossíveis em idade adulta.

SEXO: PESSOAS REIAS E IDEIAS
Chama a atenção na coletânea o número de poemas com referências sexuais. “HERESIA”, “VOCÊ E EU”, “MINHA LUA” e “A CHEGADA” trazem pitadas sugestivas de submissão e sexo. “Vários destes poemas foram escritos com certas pessoas em mente. Algumas histórias contadas nos versos aconteceram, outras não passaram de vontade, desejo que se satisfeitos, fariam perder o sentido de escrever sobre eles. Por isso há muita referência à espera, uso e abuso de pessoas, reais ou ideias.”, conclui Nara.

DORES DE AMORES E DORES DE VERDADE
Há no livro também poesia de ruptura. Momentos difíceis como perdas pessoais, separações e a monotonia do relacionamento estável, mostram-se como desafios ao lirismo da autora. Mesmo assim os poemas “feios”, classificação da autora, são precisos e atingem em cheio questões como insegurança, tédio, morte, separação e dor. “EM VOLTA DO RELÓGIO” é de tamanha pena que chega a ser desconsertante. O tédio a e a monotonia da estabilidade de um relacionamento, os ajustes sociais e as expectativas e pressões determinadas por quem nos rodeia, são traduzidos em versos onde o dia passa sem importância e com amargura.


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nara vidal
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18/01/2011 10:08:05

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