"O cinema nasceu curto, lá em 1895 com os irmãos Lumière. No Brasil, os primeiros foram rodados a partir de 1897 por imigrantes europeus. Nos anos 1920, as histórias longas conquistaram espaço e o cinema ganhou uma importância significativa como entretenimento. A partir daí o curta passou a ser o que é até hoje, um laboratório para as narrativas breves. Nem por isso sua história é abreviada. A cada década, uma produção vibrante, novos festivais e plataformas de exibição.
O curta-metragem é uma janela para experimentar, é exercício e aprendizado. O desafio é sintetizar e encontrar um percurso, seja na tela do festival ou na praça, na tevê ou na web. Os filmes de todas as durações são feitos com um objetivo: exibir! Apesar dos percalços, quem persiste numa trajetória de curtas é porque tem um incontrolável amor a essa arte. Alguém já falou e replico: 'Só se faz curta com o coração'."
Kátia Klock