CUBA de CHE

CUBA de CHE Izan Petterle...


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CUBA de CHE


50 anos depois da Revolução




Tudo começou em abril de 2008, quando o fotógrafo e o jornalista decidiram refazer os caminhos trilhados pelo líder guerrilheiro Ernesto Che Guevara durante a Revolução Cubana. Depois de anos pesquisando e tramando a jornada, o brasileiro encontrou no holandês o parceiro ideal para compartilhar o trabalho. Tomando como guia o próprio diário de Che, Pasajes de la Guerra Revolucionaria -, partiram, então, exatos 50 anos depois, em busca dos vestígios desse capítulo singular da História.

Desde a morte prematura de Che, Cuba experimenta uma espécie de sebastianismo em torno da figura legendária do guerrilheiro. E essa espera mística, que nos anos 70 extrapolou as fronteiras do pequeno país para se tornar o símbolo máximo da revolução idealista e transformadora, sempre alimentara a imaginação de ambos os autores.

Mas, além dos 3900 quilômetros de terra a desbravar, jornalista e fotógrafo ainda tinham outros desafios. Por sua história sui generis e singularidades culturais, Cuba sempre esteve sob a mira de muitos artistas e escritores. E depois de tantas imagens e palavras que sempre inundaram nossos olhos quase que compulsoriamente, como ver o lugar sob novas perspectivas?

A tomar por essa problemática, poderíamos pensar que um livro sobre Cuba, fosse, hoje, apenas mais um livro sobre Cuba. Até porque, quem se aventura a registrar ou fazer qualquer tipo de reportagem sobre o lugar ainda tem uma outra questão a resolver: a censura. Jornalistas dificilmente conseguem tirar algum depoimento dos moradores, que, como todos sabemos, não podem manifestar livremente suas opiniões, não têm liberdade de ir e vir.

A postura adotada pelos dois autores, então, foi deixar o lado meramente objetivo para assumir a integridade subjetiva. Assim, o que temos nesse “Cuba de Che, 50 anos depois da revolução” é a soma de visões de dois estrangeiros sobre o local. Como bons ouvintes e observadores, jornalista e fotógrafo simplesmente deixara-se se guiar pela intuição, deslocando-se por entre vestígios, resquícios, pistas que nos induzem a formar nossos próprios pensamentos sobre o lugar.

A despeito de qualquer marasmo que possa pairar sobre novos textos e novas imagens de Cuba, os autores conseguiram criar um diário íntimo e envolvente, costurando narrativas visual e textual a partir de dados históricos e ação no tempo presente, passando ao espectador/leitor uma profusão silenciosa de sensações, de fé e desencanto de um povo que se reinventa bravamente, a cada dia. Suspensa no tempo e no espaço, eis um retrato de Cuba: à espera.

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Ary Félix
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07/07/2011 13:55:19

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