Os analistas atendem inibições patentes, encarnando uma posição disléxica e afásica em relação à análise de crianças. Entretanto, oferecer testemunho do seu encontro com o que há de real, numa criança, permite não apenas a inscrição da criança no laço discursivo, mas também o desnudamento das modalidades pelas quais o discurso trata a subjetivação. A "insubmissão" da criança à psicanálise é, de fato, uma resistência da psicanálise. A criança vem apontar uma resistência NA psicanálise - é a própria psicanálise que precisa dispor-se à clínica com crianças e, assim, estar ao alcance delas.