Corina Portugal

O túmulo da jovem Corina Portugal, assassinada com 32 facadas em abril de 1889, virou centro de romarias no cemitério de Ponta Grossa, Paraná. Aqueles que procuram por um graça recorrem a orações à beira da sepultura e dezenas de quadrinhos, ofertas, agradecimentos, dão o testemunho de pessoas que se julgaram atendidas... O livro conta a história dessa desafortunada que se casou com quinze primaveras e sofreu as penas do purgatório com um marido mal-caráter e violento, até ser assassinada com dezenove anos ... Que fez o assassino para se safar ? Acusou um inocente . E a imprensa, a sociedade local e curitibana se engajaram em cruel e injusta perseguição. O que poderia ser apenas mais um caso de violência doméstica, entre milhões que ocorrem pelo mundo, envolveu a sociedade paranaense de monarquistas e republicanos . Os jornais se envolveram e encamparam acusação injusta contra uma figura que depois voltaria triunfante para Ponta Grossa junto com as tropas maragatas na revolução federalista... E o verdadeiro réu, que aconteceu com ele ? O advogado do assassino não era outro senão Vicente Machado. Detalhes do julgamento, o destino dos protagonistas e um retrato da imprensa paranaense à época, facilmente manipulada e corrompida... São muito raros esses relatos sobre a sociedade ponta-grossense do século XIX e esse livro nos traz um panorama formidável. Criteriosa e minudente a pesquisa. Edição do autor, Gráfica Planeta, 1999, brochura, 128 pág. Esgotado, talvez disponível com o autor, Josué Corrêa Fernandes.