Vinda a lume em 1912, pela Livraria Universal, de Pelotas, a primeira edição de Contos gauchescos, coletânea de narrativas, é composta por uma página de apresentação e dezoito contos narrados pela personagem Blau Nunes. O seu formato de bolso foi descrito, nos anos quarenta, da seguinte forma, por Augusto Meyer: “Dois grampos enormes, cheios de ferrugem. O frontispício, uma obra-prima de mau gosto. O título composto num arremedo de gótico. E um tímido subtítulo: Folclore regional.”
Os Contos gauchescos desenham um universo homogêneo que responde pelo modo como João Simões Lopes Neto concebe o povo sulino, entendido como um mundo até certo ponto auto-suficiente, que se particulariza no conjunto da sociedade brasileira. Nesse sentido, esse mundo corresponderia a uma civilização singular, com costumes e comportamentos próprios. Contaria igualmente com uma explicação independente para as atitudes e para os acontecimentos, dado o fato de contar com uma estrutura sócio-econômica uma tradição histórica específicas.
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