Construção do Brasil na Literatura de Viagem dos Séculos XVI, XVII e XVIII

Construção do Brasil na Literatura de Viagem dos Séculos XVI, XVII e XVIII Jean Marcel Carvalho França


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Construção do Brasil na Literatura de Viagem dos Séculos XVI, XVII e XVIII





Foi pela pena de espiões, padres jesuítas, traficantes de escravos, corsários, degredados e outros tipos de aventureiros que a Europa ficou sabendo da descoberta de um novo continente ao sul da linha do Equador. A passagem de viajantes pela costa brasileira no século 16 foi ricamente descrita em algumas dezenas de publicações que foram as principais difusoras do feito. Assim, de forma tímida e com algumas décadas de atraso, a notícia chegou à população letrada e aos intelectuais. Em A construção do Brasil na literatura de viagem dos séculos XVI, XVII e XVIII, o professor de história da Unesp Jean Marcel Carvalho França faz análise reveladora e saborosa de tais relatos. Um século depois da invenção da prensa móvel por Gutenberg, os relatos de viagens ao novo continente foram o principal meio de divulgação das descobertas de Cristóvão Colombo, Pedro Álvares Cabral e outros navegantes que se lançaram ao mar no século 16. O novo mundo que viria a inspirar teorias de filósofos como Jean Jacques Rousseau e Michel de Montaigne era um tema cativante tanto para leitores quanto para escritores. Por isso, alguns destes livros alcançaram tiragens significativas de até 3 000 exemplares e dezenas de reedições. Tema de estudo do professor Jean Marcel Carvalho França desde 1993, os relatos de viagem, que já deram origem a Visões do Rio de Janeiro colonial, Outras visões do Rio de Janeiro colonial e Mulheres viajantes no Brasil, voltam a ser tema de A construção do Brasil na literatura de viagem dos séculos XVI, XVII e XVII, novo livro editado em parceria pela José Olympio Editora e pela Editora Unesp. Desta vez, França demonstra como o europeu se baseou neste tipo de literatura para criar uma imagem do Brasil que, em alguns casos, perduram até hoje. Com uma alternância entre diários de viagens e reflexões críticas, o professor nos apresenta a construção da imagem do país, narrada pelo ponto de vista de estrangeiros de diferentes classes sociais e formação. Entre os viajantes estão nobres que se lançaram ao mar, como o inglês Anthony Knivet, feito escravo por Salvador Correia de Sá, irmão do fundador do Rio de Janeiro; e o marujo beberrão François Pyrard de Laval que recebeu abrigo no castelo do nobre francês Pierre Bergeron em troca de contar suas aventuras além-mar. Alguns livros fizeram tanto sucesso que foram reeditados quatro vezes num único ano e podiam ser considerados verdadeiros best-sellers.

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João gregorio
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29/04/2017 13:46:00

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