Historicamente, mulheres e homens não têm usufruído dos mesmos direitos. (...) Esta desigualdade histórica e estrutural persiste até a atualidade. Vê-se refletida desde a diferença de tratamento entre mulheres e homens no acesso a serviços básicos, trabalho formal, segurança cidadã, e até na própria estrutura e formação do direito. Soma-se a isso a diferença de tratamento para com as mulheres por sua condição social, econômica, étnica, entre outras.
(...) Desta maneira, o segundo volume deste livro "Constitucionalismo Feminista", que congrega a contribuição de importantes acadêmicas juspublicistas de todo o continente, constitui uma peça sumamente valiosa para o fortalecimento do Estado constitucional de direito em nossa região latino-americana. Aplicar o enfoque de gênero no direito e nas políticas públicas é chave para romper desigualdades historicamente herdadas, além de que com segurança dará uma voz àquelas que durante séculos não foram escutadas.
Extraído do Prefácio da Dra. Marie Christine Fuchs
Diretora do Programa Estado de direito para América Latina
Fundação Konrad Adenauer
Direito