Claudius, o deus, e Messalina representa mais do que uma bem sucedida tentativa de renovação do romance histórico, sob a forma de uma biografia romanceada do imperador romano, sucessor de Calígula e esposo de Messalina. Através desta obra, Robert Graves, um dos maiores poetas e ensaístas ingleses de nosso tempo, traça um impressionante paralelo entre o declínio moral do mundo que o seu herói superconsciente pôde testemunhar, e a crise de valores característica deste século. O jogo do poder, os desastres que ameaçam a cultura ocidental, a guerra e suas implicações éticas, o esvaziamento da experiência erótica, a racionalização de formas de vida social e política profundamente irracionais são aqui focalizados a partir da cosmovisão do próprio personagem, alcançando uma notável atualidade.