A partir de textos literários latino-americanos que abordam e constroem o espaço físico-literário do cinema pornô, percebemos que a escuridão, o darkroom, tanto é um modo de criação literária e de produção de espaços e subjetividades dissidentes, quanto também pode ser um modo de questionamento da razão, da modernidade e da cisheteronormatividade. Assim, nos voltamos e nos lançamos ao encontro dos corpos no escuro dos cinemas pornográficos com a finalidade não só de experimentarmos as reverberações, as fissuras, as ruínas e as exclusões do projeto político-filosófico da (cishetero)modernidade, mas, principalmente, de potencializarmos as insurgências, as divergências e as subversões dos modos dominantes de subjetivação.
LGBT / GLS