O ditado diz que um segredo compartilhado entre Céu e Mar não pode escapar dos beijos da lua e do alvorecer da maré, mas o que fazer quando o calor dessas tardes transforma nossas conchas em cicatrizes de verão recheadas de novas histórias?
O litoral de Millie Bay já foi um verdadeiro divisor de águas na vida de Blue Galanis; hoje, é só mais uma parte da calmaria de seus oceanos internos. Aos vinte e três anos, Blue quer pouco além de paz entre plantações de morango e os frangalhos que um antigo relacionamento deixaram em seu coração, ela quer reconstruir as esperanças perdidas como em um novo castelo de areia. Após cinco anos desde o abandono repentino que assombra Blue toda vez que a memória de Nicholas Hathaway cruza sua mente, Blue Galanis está decidida a fazer o trabalho com os turistas prosperar sem maiores distrações. Todavia, a tsunami de olhos verdes e sorriso sorrateiro não parece mais o sinônimo de quietude que pairava sobre suas praias lá no início — não quando Nick reaparece disposto a reconquistá-la, de repente, como se sequer já tivesse se importado. Como se tivesse cumprido as promessas que não cumpriu quando prometeu que seguiriam juntos, cantigas que nem a maior das tempestades ouviu.
Blue Galanis é azul-celeste, Nicholas Hathaway é verde-esperança. E o problema dos mares bravos é que eles se sobrepõem.
O que era para se tornar um oásis transforma Millie Bay em um verdadeiro aguaceiro e Blue se vê entre uma avalanche de ondas inesperadas outra vez. Ela está de volta aos dezoito anos, reconhecendo o sentimento do primeiro amor de verão, o primeiro coração quebrado, a primeira traição. Está presa nos vinte e três, tentando entender os maremotos de Nicholas e mergulhar nas escolhas certas.
Blue está cheia de cicatrizes que só um verão verdadeiro em Millie Bay pode curar. E está, nova e finalmente, rodeada de verde-esperança.
Romance