PALAVRAS DO EDITOR
Cemo Tudo Grosso, de Paulo Inocenti, deixa entrever a sigla CTG e assim, adeptos ou não do Tradicionalismo, sentimos certo desconforto.
Ao mergulhar no livro percebemos que foi apenas uma forma intencional de chamar a atenção para a obra e ofertar o seu deslumbrante conteúdo aos olhos intrigados do curioso leitor.
É o título de uma das crônicas. As outras crônicas, são encaixadas uma a uma num maravilhoso mosaico sobre nossa cultura. Um conjunto de peças aparentemente independentes, arquitetadas de forma que seus conteúdos se justapõem numa mensagem única.
Os fenômenos temporais e espaciais das crônicas servem de pano de fundo para reflexões contextualizadas sobre a cultura gaúcha.
Todos nos veremos ali, em uma ou outra crônica. Algumas parecem escritas por nós mesmos ou sobre nossas vidas. Envolvimento, cumplicidade, identidade, vastidão e profundidade são os sentimentos que, naturalmente, brotam. Nos identifica-remos em vários textos, incomodados ou não, rindo, refletindo, provocados a uma prosa posterior.
No fundo, a obra toda é um valorar constante da cultura rio-grandense. Crônica por crônica, um tecer da alma gaúcha.
Rossyr Berny
Editor