Cassandra

Cassandra Lilian Farias


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Cassandra





"Depois que se torna puta, certos pudores se esvaem. Meus pais não eram anjos, tinham sexo, e elevar esse à consciência, em vez de tormento ou culpa, servia de muleta. O passado é seguro, já o conheço, o revirei, revisitei, de modo a não o deixar partir como o vento que bate em meu rosto.
Mas o futuro é uma linha imaginária no presente e isso causa pânico. Não tem como controlar minha história. A ideia de criar é tão caótica e necessária que pouco sei se respiro ou morro. Apenas sigo, amedrontada, com minhas próprias muletas.
Recolho em mim meus pertences que dizem respeito a minha história e ao contorno de pessoas que vivenciei. Pedaços de mim e dos outros que dão as chaves do grande mistério. Há nisso uma condição humana que me liberta da agonia da vida e invade espaços desagradáveis."

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