Cartas para o Bem Viver

Cartas para o Bem Viver Felipe Milanez


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Cartas para o Bem Viver





Um livro urgente para os dias em que vivemos hoje.

Cartas para o Bem Viver é um livro de “cartas-urgentes”, como dizem Suzane Lima Costa e Rafael Xucuru-Kariri, seus organizadores. O livro é composto por cartas de indígenas e não indígenas em uma conversa inesquecível em torno de um desejo de encontro com o Bem Viver. São, ao todo, 50 cartas, algumas escritas somente com imagens, sem palavras, e assinadas por nomes como Ailton Krenak, Angela Mendes, Sônia Guajajara, Graça Graúna, Tim Ingold, Denilson Baniwa, Taquari Pataxó, Márcia Kambeba, Bianca Dias, Juvenal Payayá, Antonio Marcos Pereira, Rosinês Duarte, Stephanie Pujól, Paloma Vidal, Beth Rangel, Nego Bispo, Leonardo França, Arissana Pataxó, Milena Britto, entre outros.

O que motiva a organização dessas cartas segundo seus organizadores é, por meio dessas vozes, acionar gestos diversos para o passado, para o presente, para o futuro, em saudação à vida, à esperança, a reivindicações variadas em torno de uma política de ser Natureza, de ser Cidadão, de ser o Outro. O gênero carta, esta escrita tão íntima, de movimento de Um que quer chegar em Outro, quer levar muito mais do que notícias. Por esta razão, todas as cartas são inesquecíveis, elevando o ordinário e o extraordinário aos céus que acreditamos poder levantar.

Trechos das cartas

“(...) Estamos chegando ao momento do esteio do céu. Decidi, então, escrever esta carta para falar com vocês sobre o Bem Viver, para quem acredita que cantando é possível suspender o céu, para quem acredita que o modo como vivemos e o mundo onde vivemos é recriado a toda hora (...)” – Carta de Ailton Krenak para quem quer cantar para o céu.

“(...) Na verdade, pai, eu acho que aprendi mais sobre você do que com você, porque tivemos tão pouco tempo para a gente se reconectar, que depois que você se foi, bem depois, passado os traumas e dores, eu fui me aproximando dos teus companheiros e companheiras de luta e iniciei um intenso aprendizado sobre quem foi você. (...)” – Carta de Angela Mendes para Chico Mendes, seu pai.

“(...) a grande tragédia da nossa época foi termos produzido uma sociedade na qual pessoas idosas e jovens foram arremessadas em lados opostos, divididas pela geração da meia-idade que se interpõe entre elas (...)” – Carta de Tim Ingold para uma criança que está prestes a nascer.

“Esta é a segunda carta que escrevo para o Brasil (...) Eu, Sonia Bone Guajajara, como mulher indígena do povo Guajajara do Maranhão/Amazônia brasileira, atuando, sem cansar, na linha de frente, no combate à Covid-19 entre os povos indígenas, sei bem a cara do tempo de sofrimento e dor que estamos vivendo. Vivemos enfrentando as doenças que os brancos nos impõem. (...) E somos sempre nós, Brasil, os indígenas, aqueles que mais morrem, que mais sofrem, que mais perdem. A colonização ainda não acabou: suas práticas estão vivas e nossos corpos são usados como exemplo, todos os dias.” – Carta de Sonia Guajajara para o Brasil.

Artes / Literatura Brasileira

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