O ensaio que dá título ao livro trabalha com desenvoltura uma questão central no capitalismo globalizado e informatizado: como classificar as criaturas que vêm surgindo da interação entre o homem e as máquinas cibernéticas? O que seriam os novos corpos feitos de carbono com silício? O que é uma subjetividade cyborg? O pós-humano será nossa futuro pós-biológico? Uma vez discutido o impacto da informação e de suas máquinas sobre a sociedade, o autor insere uma idéia rica em seu potencial clarificador, a do sublime tecnológico, o ilimitado, o prodigioso com que nos maravilhamos a cada conquista científica e pelo qual a ciência se sobre-legitima. É de se louvar num momento em que o sujeito e o mundo flutuam desdramatizados em infovias virtuais essa diferença instalada pelo pensamento do autor.