Bom Governo nos Trópicos

A editora Revan, em co-edição com a Escola Nacional de Administração Pública, de Brasília, publica Bom governo nos trópicos — uma visão crítica, de Judith Tendler, professora de Economia Política do Massachusetts Institute of Technology.

Bom governo nos trópicos, ao ser editado nos Estados Unidos, no final de 1997, recebeu grande atenção da imprensa brasileira. A seguir, alguns trechos de matérias publicadas nos principais jornais do país, que resumem o conteúdo do livro:

"Judith Tendler, professora do famoso Massachusetts Institute of Technology (MIT), avaliou, nos últimos 30 anos, um sem-número de programas governamentais de países em desenvolvimento. O resultado é uma carreira que deve incomodar pelo menos duas classes de homens: os pessimistas e os guardiães da sabedoria ortodoxa a respeito de crescimento e progresso no mundo contemporâneo. (...) Bom governo nos trópicos resultou de uma pesquisa de campo desse gênero, comandada por Judith [no Ceará]. O grupo reunia alunos de pós-graduação oriundos do Brasil, da Jamaica, do Uruguai, da Espanha e dos Estados Unidos, num esquema de trabalho que, repetido em outras duas ocasiões, acabou merecendo o prêmio de melhor resultado educacional do MIT em 1996."
Carlos Graieb, O Estado de São Paulo

Tendler (...) "analisa as razões que levam certos governos a fazer um bom trabalho, apesar das condições adversas. (...) Ela examina, então, quatro projetos — nas áreas de saúde pública, extensão rural, emprego e apoio às pequenas empresas. Todos alcançaram resultados positivos: a mortalidade infantil caiu sensivelmente com a contratação de paramédicos; a produtividade no campo cresceu com a adoção de um atendimento mais personalizado; obras contra a seca criaram empregos de forma mais rápida que programas semelhantes; por fim, o estado consegui fortalecer as pequenas empresas apenas redirecionando suas compras."
Maurício Puls, Folha de S.Paulo

"Bom governo nos trópicos é um estudo de quatro iniciativas públicas tomadas no Ceará durante os governos de Tasso Jereissati (1986 – 1990) e Ciro Gomes (1990 – 1994). Quem não gosta dos dois pode ficar em paz. São citados nominalmente apenas três vezes. Os personagens do livro são os cearenses sem rosto. (...) O negócio da professora Tendler foi estudar por que os programas deram certo. Descobriu coisas de arrepiar tucano. A condição necessária para o sucesso do programa de saúde e do amparo aos flagelados foi, acima de tudo, a criação de um clima de respeito e admiração pelos funcionários do governo. Os agentes de saúde trabalhavam por um salário mínimo, sem carteira assinada, mas sentiam-se heróis da comunidade. Ela descobriu também que os programas cearenses criaram mecanismos de descentralização do trabalho dentro de estruturas centralizadoras de poder."
Elio Gaspari, O Globo e Folha de S.Paulo

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