Bela Noite para Voar

Bela Noite para Voar Pedro Rogério Moreira


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Bela Noite para Voar





"Ele desce acelerado as escadarias do palácio, deixando com care de tacho o mordomo Roberto: o coitado estava a postos no elevador com a porta escancarada. Juscelino tem pressa. E quer fazer o Brasil acompanhar os seus passos apressados. Disso sabem os seus dois assessores, que já estão lá embaixo, na porta do automóvel presidencial.

O homem que tem pressa, ao chegar ao amplo jardim interno, estanca de repente, como se uma força sobrenatural o barasse. E era. A brisa com cheiro de maresica vem da praia do Flamengo e penetra-lhe nas narinas. Isso é vida. É encantamento. É o que move o mundo.

Ele respira fundo. E volta os olhos para o céu da madrugada. Estreladíssimo. Uma estrela cadente risca o firmamento perto do Cristo Redentor. Juscelino cerra os olhos e faz o seu pedido, em silêncio, como num ato de contrição. Ele sempre faz o mesmo pedido: 'Nossa Senhora Aparecida: proteja-me, para que eu possa proteger o Brasil'.

Então olha de novo para o céu e, sorrindo, diz aos amigos:

Bela noite para voar, né Affonso? Né Geraldo?"

História do Brasil / Não-ficção / Política

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Bormann
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07/03/2010 22:28:49

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