Dalcídio Jurandir Ramos Pereira (Ponta de Pedras, ilha do Marajó, Pará, 10 de janeiro de 1909 — 16 de junho de 1979) foi um romancista brasileiro.
Estudou em Belém até 1927. Em 1928 partiu para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como revisor na revista Fon-Fon. Em 1931 retornou para Belém. Foi nomeado auxiliar de gabinete da Interventoria do Estado. Escreveu para vários jornais e revistas.
Militante comunista, foi preso em 1936, permanecendo dois meses no cárcere. Em 1937 foi preso novamente, e ficou quatro meses retido, retornando somente em 1939 para o Marajó, como inspetor escolar.
Escreveu para vários veículos e acabou como repórter da Imprensa Popular, em 1950. Nos anos seguintes viajou à União Soviética, Chile e publicou o restante de sua obra, inclusive em outros idiomas.
Em 1972, a Academia Brasileira de Letras concede ao autor o Prêmio Machado de Assis, entregue por Jorge Amado, pelo conjunto de sua obra.
Em 2001, concorreu com outras personalidades ao título de "Paraense do Século". No mesmo ano, em novembro, foi realizado o Colóquio Dalcídio Jurandir, homenagem aos 60 anos da primeira publicação de Chove nos Campos de Cachoeira.
Em 2008, o Governo do Estado do Pará instituiu o Prêmio de Literatura Dalcídio Jurandir.
Em 2009 comemorou-se o centenário do escritor.
Escreveu:
Série Extremo-Norte
Chove nos Campos de Cachoeira (1941)
Marajó (1947)
Três Casas e um Rio (1958)
Belém do Grão Pará (1960)
Passagem dos Inocentes (1963)
Primeira Manhã (1968)
Ponte do Galo (1971)
Os Habitantes (1976)
Chão dos Lobos (1976)
Ribanceira (1978)
Série Extremo-Sul
Linha do Parque (1959)