Autobiografia (I) (A Rainha do Crime)

Para escrever uma autobiografia que mereça ser lida, não basta ter vivido uma existência interessante e cheia de acontecimentos curiosos e divertidos. É fundamental ter o talento de um bom escritor. Essas duas condições estão juntas nesta notável Autobiografia de Agatha Christie, uma mulher que, além de ter levado em vários aspectos uma vida folhetinesca, também soube contá-la com a habilidade de uma das autoras mais populares deste século.

Agatha Christie estava no Iraque, acompanhando o marido em uma expedição arqueológica, quando começou a escrever sua autobiografia. Ela não tinha esta intenção: pretendia criar mais uma de suas grandes aventuras de detetive. Um estranho impulso, porém, a levou a colocar suas memórias sobre a folha branca de papel. “Devia escrever um romance policial, mas com a urgência natural que todo escritor tem de escrever o que não deve, sinto desejos inesperados de redigir minha autobiografia”, confessou ironicamente.

Terminada essa tarefa, Agatha, finalmente, esclareceu todos os mistérios que, até então, cercavam sua vida. Uma obra fundamental para seus leitores, que podem ter um contato mais próximo com a grande Dama do Crime.

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