Existe um consenso de que a filosofia se distingue por ser de ordem racional, apelo que é utilizado para afirmá-la como uma tradição autônoma, sem nada a dever a fontes orientais. Para negar qualquer filiação, invoca-se a distinção entre o mítico, ou mito-poético, e o conhecimento racional. Isso quer dizer que, desde os primeiros pré-socráticos, desde Tales, os filósofos gregos estariam mais próximos da idéia do cientista moderno do que da idéia de profetas e videntes de tradições mais antigas. Nesta aula, Olavo de Carvalho, com uma exposição clara e vigorosa, relativiza essa distinção e estabelece argumentos sólidos para uma profunda revisão de algumas das mais importantes obras de história da filosofia.
Aula 5: Pré-Socráticos
Capítulos:
- Distinção entre conhecimento mito-poético e racional
- Tales: "A origem de todas as coisas é a água"
- Método popperiano da falseabilidade
- A liquefação da realidade
- Afirmação narrativa
- Crise da religião grega
- A contemporaneidade de todos os tempos
- A religião e a busca da origem
- Escolas esotéricas e experiências cognitivas
- Enunciado poético e teoria científica
- Características dos enunciados pré-socráticos
- Responsabilidade do empreendimento cognitivo
- Abismo entre falar e inteligir
- Verdade: formulação X significado.
- A era da inépcia
- Transição do mito-poético para a Filosofia
- Problemática da auto-referência
- Conquistas filosóficas pós-aristotélicas
Filosofia / História