Por intermédio do Narrador, começamos a conhecer algumas das figuras que alimentam esta sedutora e comovente história de um cão famoso, Buck, e de seus irmãos de trabalho e de sofrimento. Poderíamos dizer mesmo que esta é a história humana de um cão excepcional, no cenário das trilhas e dos gelos, nas distâncias quilométricas dos acampamentos remotos. Há na novela de Jack London, ao lado de uma escalada espiritual, que irmana do cão o homem, uma frase, que demonstra a dúvida filosófica do notável romancista: ”A despeito do grande amor que alimentava por John Thornton, que parecia refletir ligeira influência civilizadora, a disposição do primitivo, que a terra do norte havia despertado nele, continuava viva e ativa em Buck”. (Da nota explicativa de Mario Graciotti).