A publicação de uma obra, talvez e necessariamente, seja um livrar-se dela. Como aqui se espera que tudo surja de circunstâncias, as mesmas se modificam, e com elas, a vontade de reescrever a estória. Portanto, acredita-se que a publicação garanta às circunstâncias últimas o registro tipográfico em páginas quaisquer que, por acaso ou não, acabaram aqui, nestas mãos que seguem o que se escreve.
O que se faz aqui não é senão uma necessidade humana: a de expressar-se. Que os olhos que passarem por aqui revertam-se em bocas, e estas, em novas circunstâncias que gerem reflexão.
Da compreensão, da apreensão da palavra, entretece-se uma estória. Palavra que após palavra e justo por existir esta contigüidade e não outra, abre mundos.
Encerro aqui, provisoriamente, um livro.