Ao lado de Vera

Ao lado de Vera Alberto da Costa e Silva


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POEMAS




Elegias serenas-assim se poderia chamar esta coletânea de poemas de Alberto da Costa e Silva. É à "solitária filiação elegíaca" de muitos de seus versos que Ivan Junqueira atribuiu a posição singular de seu autor entre os poetas brasileiros contemporâneos,um poeta "dos mais firmemente ancorados no que a poesia da língua portuguesa deve ao seu passado", conforme João Gaspar Simões, que acrescenta "dever-se à fidelidade a essa tradição "a incomparável pureza de seus versos. Com isso concorda um outro crítico português, Álvaro Salema, para quem "em muito poucos poetas da nossa língua, a expressão da lembrança e da melancolia atingiu tão grande pureza, tão límpido delineamento formal e, ao mesmo tempo, tão sensível e rasgada personalidade". Acompanha-os Geraldo Mello Mourão, ao ressaltar que Alberto da Costa e Silva "trabalhou algumas das mais belas formas poéticas de nossa língua e de nosso tempo". Já para José Guilherme Merquior, que considerou As Linhas da Mão, o livro anterior de Alberto da Costa e Silva, "um dos mais puros vôos líricos da década de 1970, pertence ele "à raça dos contemplativos ardentes, que extraem seiva lírica da matéria mais humilde, do gesto mais banal, do momento mais precário".
Nisso funda-se uma poesia que Antônio Carlos Villaça considera "refinada e simples, intensa e leve, inocente e sofrida, verdadeira e pura" e "uma vitória permanente da cultura sobre a natureza ou da exigência sobre a facilidade", uma poesia que, para Nilo Scalzo, "pela qualidade, pela contenção, pelo que encerra de beleza e serenidade, lembra os grandes momentos da poesia inglesa". Embora autor de pouco mais de uma centena de poemas, Alberto da Costa e Silva, também ensaísta e africanólogo (de quem a Nova Fronteira publicou um livro fundamental sobre a África, A Enxada e a Lança, considerado por Wilson Martins como "uma obra que já nasceu clássica"), é visceralmente poeta. Poeta e filho de poeta, cuja obra, como acentua Josué Montello, "como que continua a do pai o rio de poemas, que começa a correr em 1908" ( ano da publicação de Sangue, de Da Costa e Silva),"prolonga-se no rio de que lhe recolhe o veio lírico e lhe dá prosseguimento, como a obedecer-lhe a linha de grandeza".

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Sergio D
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31/08/2012 09:33:19