O termo “estruturalismo” costuma repelir quem o imagina como uma teoria inacessível ou uma moda intelectual ultrapassada. Embora seu apogeu tenha sido nas décadas de 1950 e 1960, seu modelo de interpretação nunca mais deixou de influenciar nossa compreensão da realidade. A partir dele, ficamos mais atentos às diferenças, às particularidades dos múltiplos campos da cultura e aprendemos a não perder de vista o singular quando miramos o geral.
A contribuição de Claude Lévi-Strauss foi definitiva para o desenvolvimento desse método que se inspirou na linguística e se expandiu para a antropologia, a etnologia, a psicanálise e os estudos estéticos, entre outras possibilidades. “Antropologia Estrutural”, publicado originalmente em 1958, não é um manual de regras. Trata-se de uma reunião de ensaios nos quais Lévi-Strauss reinterpreta paradigmas alheios e aponta suas limitações.
Desse modo, o estruturalismo se impõe como um microscópio, uma ferramenta que permite enxergar os detalhes que fazem a diferença.
Filosofia