Carlos Drummond de Andrade publica Alguma poesia adotando a forma do verso, isto é, não sujeito a regularidade silábica nem acentual, e desprovido das similicadências melódicas que configuram as rimas:enquadra-o, portanto, na ordem da arte visual, não auditiva.
Em alguma poesia exibe sua nova maneira de ver o mundo e de ver-se a si mesmo. Há novidade nos temas, no estilo, na estrutura.Já então afirma que seu verso é o que consta, e que o ouvido dos críticos é que funciona mal, ou que é incapaz de perceber a poética que com ele está nascendo, ou aparecendo.Alguma poesia abriu um novo rumo, um novo péríodo, nas letras do Brasil.
(Manuel Graña Etcheverry)
Literatura Brasileira / Poemas, poesias