Este livro é um evento poético singular. Seu autor o definiu como "quadros de viagem versificados". Tais quadros pertenceriam a "um gênero inteiramente novo", mas deveriam ter "o valor duradouro de uma poesia clássica". A moldura desses quadros é a rima despreocupada, a linguagem coloquial e o humor. As figuras que se apresentam neles evocam um país cheio de ideais sublimes, mas com estradas enlameadas, uma Deusa bêbada, um Imperador de sonho, tiranos e censores - tudo isso ubiquamente bafejado por um gélido vento de inverno. Em alguns momentos, o leitor terá a impressão de estar diante de uma espécie de ensaísmo humorístico metrificado; em outros, ele poderá pensar que lê algo como um poema de cordel filosófico.
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