A vida, a morte e as paixões no mundo antigo: novas perspectivas nos brinda com uma série de estimulantes ensaios que mostram que a Antiguidade não é uma época longínqua, cristalizada no passado, reduto de uma história já acabada. Muito ao contrário, é pulsante repositório de infindáveis questões que se ligam diretamente ao nosso entendimento sobre nossa própria humanidade.
Nossa cultura está marcada pelos antigos e, por isso, refletir sobre eles é refletir também sobre nosso tempo, sobre nós próprios.
Está aqui a mensagem. Cada época deve proceder de forma semelhante à Ulisses, no canto XI da Odisseia, é preciso fazer com que os mortos "falem". E ainda, o ritual não pode ser feito uma única vez, é preciso repetí-lo a cada geração, pois somente nós somos capazes de dar aos mortos o dom da palavra.
Este livro é justamente um convite para que façamos o mundo antigo "falar". Só assim poderemos, ao invés de retornar a Ítaca como o herói homérico, reconstruir a Ítaca que almejamos.
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