A turma da paquera

Verônica percebem de repente, que gosta de Rubinho. E não é só. Que gosta de Guto. Só? Não, tem mais. Que gosta de Fabiano e, até, adora uma figura de ficção, que nem existe, e que é Candinho. Como é que pode? Em seu coração cabe todo mundo? Não é que seja volúvel... É que está ensaiando o amor. É aquele amor que existe independentemente da pessoa amada. Pode brotar diante de um gesto, de uma palavra de outro, do olhar de um terceiro, da cara de um outro mais, do talento do violão de Renato, diante tudo. A paquera é geral. Todos os corações, ali, estão disponíveis, pendendo ora pra um, ora pra outro, brigando, trocando de bem, sentindo muito, deixando de sentir. Vida. Ensaio de vida. Era da idade,cara. Parece que tem um momento em que a gente é capaz de gostar de qualquer um, amar a todo mundo. É a velha história: a gente gosta, mesmo, é do amor.