A Tempestade, fantasia de William Shakespeare, narra a história de Próspero, ancião feiticeiro, que um dia foi obrigado pelo rei a sair de Milão e a exilar-se numa ilha deserta com sua filha Miranda. A causa dessa punição decorreu de traição de seus irmãos. Quando Próspero soube da traição, jurou vingança contra eles. Que fez Próspero para concretizar seu plano mágico? Ao saber que Antonio, Alonso, o rei de Nápoles, seu filho Ferdinando e demais membros da corte, retornavam de festa de um casamento, Próspero chamou a tempestade e a jogou contra o navio do rei, provocando o seu naufrágio. O rei e os demais passageiros do navio conseguiram escapar e aportaram numa ilha deserta. Ferdinando, no entanto, durante os transtornos do naufrágio, foi separado de seu pai e dado por morto.
Certa feita, ao andar pela ilha, Ferdinando se encontrou com Próspero e a filha Miranda. De repente, Ferdinando se apaixonou por Miranda. Tudo isso, porém, fora adredemente preparado pelo feiticeiro Próspero, que fingia opor-se à união do jovem casal. Para que tudo corresse bem, Ariel, o assistente de Próspero, foi convocado para praticar alguns truques ou feitiços, bem como ao monstruoso Calibã para, mediante suas maldades, sandices e cavilações, desviasse a atenção dos vassalos do rei para que de nada desconfiassem enquanto permanecessem na ilha. Eram considerados os “escravos do Destino”.
Próspero, senhor da situação e com poderes para criar magicamente o que lhe aprouvesse, encantou a todos e organizou um banquete, ao qual ele iria aparecer e desaparecer diante de Alonso, Antonio e seus homens. Nessa ocasião, chegou a transformar Ariel na figura de uma harpia e sentiu-se tão seguro que aproveitou o ensejo para declarar a todos que foram trazidos àquela ilha por sua vontade, a fim de que fossem punidos pelo que fizeram com ele. Todos ficaram assustados. Próspero, então, declarou ao rei e a seus vassalos que, a partir daquele momento, eram seus prisioneiros.
Por fim, Próspero começou a decidir as coisas a seu modo: permitiu que Miranda e Ferdinando se casassem, autorizou Ariel a trazer os prisioneiros e que os libertassem. Além disso, revelou a todos os presentes a sua identidade: ele era o Próspero, duque de Milão. O rei Alonso, então, de imediato, lhe pediu desculpas e ficou satisfeito ao descobrir que Ferdinando, seu filho, estava vivo. Próspero, após promover atos de encantamentos e revelar segredos extraordinários, propôs que com ele todos voltassem para Milão, onde fariam a festa de casamento de Miranda com Ferdinando. Magicamente o navio foi consertado e Próspero pediu ao público que libertasse a todos com aplausos.
Ficção / Drama / Literatura Estrangeira